quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Principais Fatores Relacionados à Linguagem que Podem Dificultar a Aprendizagem

Thereza Cristina dos Santos Lopes

Quando falamos de aprendizagem estamos nos referindo a um processo global de crescimento, pois toda aprendizagem desencadeia, em algum sentido, crescimento individual ou grupal. A aprendizagem infantil, no que tange ao processo escolar em geral, está intimamente relacionada ao desenvolvimento da criança, às figuras representativas desta aprendizagem (escola, professores), ambiente de aprendizagem formal, condições orgânicas, condições emocionais e estrutura familiar. Qualquer intercorrência em um ou mais destes fatores, pode influenciar direta ou indiretamente o processo de aquisição da aprendizagem.

LINGUAGEM
Podemos definir linguagem como um instrumento que, através de diversas formas, o ser humano utiliza para se comunicar. A comunicação ocorre através de gestos, expressões faciais, fala e escrita formal obedecendo as regras da comunidade lingüística na qual está inserida. Diversas são as alterações que podem ser diagnosticadas durante o processo de aprendizagem e conseqüentemente, o processo educacional em geral, como desempenho e qualidade globais.
FATORES - Atraso de Linguagem - Atraso Global de Desenvolvimento - Déficits cognitivos / Síndromes Neurológicas - Déficits Perceptivos - Emocionais - Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade - DDAH
ATRASO DE LINGUAGEM Traduz-se pela ausência da mesma na idade em que, normalmente, ela se manifesta. Caracteriza-se pela permanência de certos padrões lingüísticos além da fase da idade cronológica. No atraso simples ou moderado observa-se a redução de padrões fonológicos. No atraso grave de linguagem a criança apresenta todos os padrões fonológicos reduzidos e também os padrões morfossintáticos estão muito reduzidos com, praticamente, ausência dos elementos de ligação e estruturas frasais primitivas. Sendo o atraso propriamente dito, apresenta transtornos nas demais áreas de linguagem podendo estar implicados os mecanismos de memória imediata. Dificuldades oro-motoras acompanham o atraso de linguagem necessitando de um maior enriquecimento ou ajustamento das sensações proprioceptivas, facilitando a fixação dos padrões fonológicos corretos.
ATRASO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO Caracterizado pelo atraso psicomotor, da linguagem oral e da comunicação em geral, estando a criança defasada em diversas áreas do desenvolvimento com ou sem problemas motores. Aspectos cognitivos e perceptivos também podem acompanhar o Atraso Global de Desenvolvimento. Os padrões espertados para cada faixa etária depende, além da estimulação ambiental com qualidade, da maturação neurológica. No quadro de atraso da linguagem devemos ressaltar a disfasia onde existem, quase sempre, problemas de compreensão e sua evolução terapêutica é muito lenta.
DÉFICITS COGNITIVOS Podem ser causados por lesões neurológicas ou por alterações perceptivas graves e não valorizadas precocemente que levem ao desenvolvimento aquém das possibilidades da criança. No caso das síndromes neurológicas podemos citar, por exemplo, aberrações cromossômicas: Síndrome do 21, Síndrome de Turner, Síndrome Kleinefelter. Erros inatos ao metabolismo e transtornos endócrinos, também são responsáveis por desenvolvimento de déficits cognitivos. Também consideramos, como causa dos mesmos, transtornos endócrinos, patologias pré-natais (rubéola, sífilis, uso de medicamentos); peri-natais (prematuridade e imaturidade, sofrimento neo-natal); pós-natais (encefalites, meningites, etc.)
DÉFICITS PERCEPTIVOS As capacidades de percepção visual e auditiva, permitem captação dos estímulos ambientais e sua decodificação. A linguagem vai se estruturando à medida em que esses fatores (visão e audição) se desenvolvem, juntamente com a maturação neurológica e as habilidades psicomotoras. Necessárias para um adequado desempenho da escrita e da leitura a visão e suas áreas perceptivas (coordenação viso-motora, posição no espaço, relação espacial, constância de percepção e figura-fundo), bem como a audição e suas habilidades (atenção, localização e discriminação) formam e estruturam a base desta formalização da escrita e da leitura e interpretação da mesma.
FATORES EMOCIONAIS Permeando toda e qualquer relação que o indivíduo faça ou venha a fazer consigo mesmo ou com o mundo exterior, o fator emocional e sua estrutura não devem ser desprezados. Levando-se em conta a estrutura familiar, social e as relações estabelecidas entre si e o meio e a forma com que estas relações são feitas, influenciam, sem dúvida, o desenvolvimento do processo de aprendizagem. A maneira de encarar novas informações, a relação com este "novo" e a disponibilidade da criança para permitir-se a aprender, estão intrinsecamente ligadas com suas condições psicológicas.
SÍNDROME DDAH A Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade – DDAH, faz com que a criança apresente características como: - Dificuldade de concentração - Impulsividade - Dificuldade de manutenção de atenção mesmo durante as brincadeiras - Parece não escutar quando é chamado - Não termina as atividades - Perde com facilidade os objetos - Facilidade para distrair-se com estímulos externos - Movimento freqüente de mãos ou pés - Dificuldade de permanecer sentado - Dificuldade em se engajar em jogos ou atividades de leitura onde necessita permanecer sentado Para se obter um diagnóstico seguro desta Síndrome é necessário que a criança seja avaliada por uma equipe multidisciplinar que inclui neuropsicologia, fonoaudiologia, psicologia, neurologia e que estejam presentes ao menos em seis das características acima citadas. Certamente esta Síndrome influenciará na qualidade do desenvolvimento da aprendizagem escolar e muitas vezes defasagem em alguma área relacionada com a linguagem.
THEREZA CRISTINA DOS SANTOS LOPES FONOAUDIOLOGIA-ORTÓPTICA CRFª 7605 ABO 86. ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA TELS: (0 xx 21) 205-2205 / 240-2929 E-Mail: thelopes@domain.com.br
Para referência desta página: LOPES, Thereza Cristina dos Santos. Principais fatores relacionados à linguagem que podem dificultar a aprendizagem. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: . Acesso em: dia mes ano.

Principais Fatores Relacionados à Linguagem que Podem Dificultar a Aprendizagem

Thereza Cristina dos Santos Lopes


Quando falamos de aprendizagem estamos nos referindo a um processo global de crescimento, pois toda aprendizagem desencadeia, em algum sentido, crescimento individual ou grupal. A aprendizagem infantil, no que tange ao processo escolar em geral, está intimamente relacionada ao desenvolvimento da criança, às figuras representativas desta aprendizagem (escola, professores), ambiente de aprendizagem formal, condições orgânicas, condições emocionais e estrutura familiar. Qualquer intercorrência em um ou mais destes fatores, pode influenciar direta ou indiretamente o processo de aquisição da aprendizagem.


LINGUAGEM


Podemos definir linguagem como um instrumento que, através de diversas formas, o ser humano utiliza para se comunicar. A comunicação ocorre através de gestos, expressões faciais, fala e escrita formal obedecendo as regras da comunidade lingüística na qual está inserida. Diversas são as alterações que podem ser diagnosticadas durante o processo de aprendizagem e conseqüentemente, o processo educacional em geral, como desempenho e qualidade globais.
FATORES - Atraso de Linguagem - Atraso Global de Desenvolvimento - Déficits cognitivos / Síndromes Neurológicas - Déficits Perceptivos - Emocionais - Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade - DDAH
ATRASO DE LINGUAGEM Traduz-se pela ausência da mesma na idade em que, normalmente, ela se manifesta. Caracteriza-se pela permanência de certos padrões lingüísticos além da fase da idade cronológica. No atraso simples ou moderado observa-se a redução de padrões fonológicos. No atraso grave de linguagem a criança apresenta todos os padrões fonológicos reduzidos e também os padrões morfossintáticos estão muito reduzidos com, praticamente, ausência dos elementos de ligação e estruturas frasais primitivas. Sendo o atraso propriamente dito, apresenta transtornos nas demais áreas de linguagem podendo estar implicados os mecanismos de memória imediata. Dificuldades oro-motoras acompanham o atraso de linguagem necessitando de um maior enriquecimento ou ajustamento das sensações proprioceptivas, facilitando a fixação dos padrões fonológicos corretos.
ATRASO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO Caracterizado pelo atraso psicomotor, da linguagem oral e da comunicação em geral, estando a criança defasada em diversas áreas do desenvolvimento com ou sem problemas motores. Aspectos cognitivos e perceptivos também podem acompanhar o Atraso Global de Desenvolvimento. Os padrões espertados para cada faixa etária depende, além da estimulação ambiental com qualidade, da maturação neurológica. No quadro de atraso da linguagem devemos ressaltar a disfasia onde existem, quase sempre, problemas de compreensão e sua evolução terapêutica é muito lenta.
DÉFICITS COGNITIVOS Podem ser causados por lesões neurológicas ou por alterações perceptivas graves e não valorizadas precocemente que levem ao desenvolvimento aquém das possibilidades da criança. No caso das síndromes neurológicas podemos citar, por exemplo, aberrações cromossômicas: Síndrome do 21, Síndrome de Turner, Síndrome Kleinefelter. Erros inatos ao metabolismo e transtornos endócrinos, também são responsáveis por desenvolvimento de déficits cognitivos. Também consideramos, como causa dos mesmos, transtornos endócrinos, patologias pré-natais (rubéola, sífilis, uso de medicamentos); peri-natais (prematuridade e imaturidade, sofrimento neo-natal); pós-natais (encefalites, meningites, etc.)
DÉFICITS PERCEPTIVOS As capacidades de percepção visual e auditiva, permitem captação dos estímulos ambientais e sua decodificação. A linguagem vai se estruturando à medida em que esses fatores (visão e audição) se desenvolvem, juntamente com a maturação neurológica e as habilidades psicomotoras. Necessárias para um adequado desempenho da escrita e da leitura a visão e suas áreas perceptivas (coordenação viso-motora, posição no espaço, relação espacial, constância de percepção e figura-fundo), bem como a audição e suas habilidades (atenção, localização e discriminação) formam e estruturam a base desta formalização da escrita e da leitura e interpretação da mesma.
FATORES EMOCIONAIS Permeando toda e qualquer relação que o indivíduo faça ou venha a fazer consigo mesmo ou com o mundo exterior, o fator emocional e sua estrutura não devem ser desprezados. Levando-se em conta a estrutura familiar, social e as relações estabelecidas entre si e o meio e a forma com que estas relações são feitas, influenciam, sem dúvida, o desenvolvimento do processo de aprendizagem. A maneira de encarar novas informações, a relação com este "novo" e a disponibilidade da criança para permitir-se a aprender, estão intrinsecamente ligadas com suas condições psicológicas.
SÍNDROME DDAH A Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade – DDAH, faz com que a criança apresente características como: - Dificuldade de concentração - Impulsividade - Dificuldade de manutenção de atenção mesmo durante as brincadeiras - Parece não escutar quando é chamado - Não termina as atividades - Perde com facilidade os objetos - Facilidade para distrair-se com estímulos externos - Movimento freqüente de mãos ou pés - Dificuldade de permanecer sentado - Dificuldade em se engajar em jogos ou atividades de leitura onde necessita permanecer sentado Para se obter um diagnóstico seguro desta Síndrome é necessário que a criança seja avaliada por uma equipe multidisciplinar que inclui neuropsicologia, fonoaudiologia, psicologia, neurologia e que estejam presentes ao menos em seis das características acima citadas. Certamente esta Síndrome influenciará na qualidade do desenvolvimento da aprendizagem escolar e muitas vezes defasagem em alguma área relacionada com a linguagem.
THEREZA CRISTINA DOS SANTOS LOPES FONOAUDIOLOGIA-ORTÓPTICA CRFª 7605 ABO 86. ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA TELS: (0 xx 21) 205-2205 / 240-2929 E-Mail: thelopes@domain.com.br
Para referência desta página: LOPES, Thereza Cristina dos Santos. Principais fatores relacionados à linguagem que podem dificultar a aprendizagem. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: . Acesso em: dia mes ano.

Utilizo esse modelo de anamnese

ROTEIRO DE ANAMNESE
Data
Grau de parentesco do informante



1-Identificação
Nome: Apelido:
Idade: Sexo: Local de nascimento:
Residência:
Cep: Telefone: Cidade:
Escola:
Escolaridade: Período Escolar:
Endereço da escola:
Telefone da escola: Nome do professor:
Observações:






2. Dados familiares:
Nome do Pai:
Grau de instrução: Profissão:
Idade: Naturalidade:
Nome do Mãe:
Grau de instrução: Profissão:
Idade: Naturalidade:
Religião dos Pais:
Outros filhos
Nome
Idade
Escolaridade
1-


2-


3-


4-


5-


6-


7-



3. Queixa ou motivo da consulta











Desde quando há o problema? _______________________________________________________
Já procurou outros especialistas? Quais? _______________________________________________
Está fazendo algum tipo de tratamento médico, Psicológico, psiquiátrico ou neurológico?________
Por quê?________________________________________________________________________
4. Antecedentes pessoais
4.1. Gestação
Fez alguma transfusão durante a gravidez?
Quando sentiu a criança se mexer?
Levou algum tombo?
Doenças durante a gestação:
Condições de saúde da mãe durante a gravidez:
Condições emocionais:
Condições de saúde da mãe durante a gravidez:
Houve algum episódio marcante durante a gravidez?

4.2. Condições de nascimento
Nasceu de quantos meses?
Com quantos quilos? Comprimento:
Desenvolvimento do parto:
Prematuro? A termo?
Observações:


4.3. Primeiras reações
Chorou logo?
Ficou vermelho demais? Por quanto tempo?
Ficou preto?
Precisou de oxigênio?
Ficou ictérico (amarelado, esverdeado)?

5. Desenvolvimento
5.1. Saúde
A criança sofreu algum acidente ou se submeteu a alguma cirurgia?
Possui reações alérgicas?
Tem bronquite ou asma?
Apresenta problemas de visão?
E de audição?
Dor de cabeça?
Já desmaiou alguma vez? Quando?
Como foi?
Teve ou tem convulsões?
Há alguém da família que apresenta problemas de desmaios, convulsões, ataques?

Observações:


5.2. Alimentação
A criança foi amamentada? Até quando?
Como é sua alimentação?
É forçada a se alimentar?
Come sem derrubar a comida?
Recebe ajuda na alimentação?
Observações:



5.3. Sono
A criança dorme bem?
Como é seu sono (agitado, tranqüilo)?
Fala dormindo? É sonâmbulo? Range os dentes?
Dorme em quarto separado dos pais?
Com quem dorme?
A criança acorda e vai para a cama dos pais?
Observações:


5.4. Desenvolvimento psicomotor
Corno era quando bebê?
Em que idade:
Firmou a cabeça? Sentou sem apoio? Engatinhou? Ficou de pé? Andou?
Teve controle dos esfíncteres:
anal diurno: anal noturno: vesical diurno: vesical noturno:
Corno foi ensinado esse controle?
É lento para realizar alguma tarefa?
Veste-se sozinho? Torna banho sozinho?
Calça-se sozinho? Sabe dar nós nos sapatos?
É desastrado?
Anda de bicicleta? Desde quando?
Pratica esportes? Quais?
É destro ou canhoto?
Foi exigido que usasse urna das mãos para escrever ou comer?
Em casa quem escreve com a mão direita? E com a esquerda?
Rói unhas? Chupa dedos?
Tem outra mania ou tic? Qual?
Precisa de ajuda para fazer alguma coisa?
Observações:


6. Escolaridade
A criança gosta de ir à escola?
É bem aceita pelos amigos ou é isolada?
Já repetiu a série alguma vez? Por quê?
Gosta de estudar? Tem o hábito de leitura?
Faz as lições que os professores passam?
Os pais estudam com a criança?
Mudou muitas vezes de escola? Porquê?
Vai bem em matemática?
Tem dificuldade em leitura e escrita?
É irrequieta na escola? Em que circunstâncias?
Quais as principais dificuldades encontradas na escola?
O que os professores acham dela?
Observações:


Observações:






7. Linguagem
Quando usou as primeiras palavras com significado?
Gagueja? Troca letras quando fala?
Relata fatos vivenciados?
Em alguma época notou alguma alteração na comunicação? Qual?
Descreva a comunicação atual:
Observações:


8. Sexualidade
Foi feita alguma educação sexual? Quem fez?
Como foi?
Tem curiosidade sexual?
Os pais conversam sobre sexualidade com a criança?
Observações:


9. Aspectos ambientais
Prefere brincar sozinha ou com amigos?
Prefere brincar com crianças maiores ou menores que ela?
Faz amigos com facilidade? Adapta-se facilmente ao meio?
Como é o relacionamento da criança com os pais?
E com os irmãos?
Quais as medidas disciplinares normalmente usadas com a criança?
Quem as usa?
Quais as reações da criança frente a essas medidas?
Observações:


10. Características pessoais e afetivo-emocionais
Como é a criança sob o ponto de vista emocional?
Dentre as características abaixo em quais ela se enquadra mais?
Agressiva ( ) Passiva ( ) Dependente ( ) Irriequieta ( ) Medrosa ( )
Retraída ( ) Excitada ( ) Desligada ( ) Outros:

Como reage quando contrariada?
Atividades preferidas:
Observações:





11. Atividades diárias da criança
Descreva o dia-a-dia da criança desde quando acorda até a hora de dormir:





Assinatura do informante:___________________________________________________________

Òtimas Frases

"Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejas" - Pablo Neruda

"Deixa que esse verão eu faço só. Deixa que nesse verão eu faço sol." - Fernando Anitelli

"Lamentar uma dor passada, no presente é criar outra dor e sofrer novamente." - William Shakespeare

"O luar é a luz do sol que está dormindo" - Mário Quintana

"A alegria é talvez a única dádiva que você é capaz de ofertar sem possuir." - Autor Desconhecido

"Quando o mal é combatido com o mal, o único vencedor será o mal." - Autor Desconhecido

"Amar não é coisa para amadores." - Milôr Fernandes

"O amor só é lindo quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser." - Mário Quintana

"Um bom escritor não precisa de biografias. Toda a sua história está em suas obras." - Lawrence Durrell

“Um amigo insincero e mau é mais temível que um animal selvagem; a fera pode ferir-lhe o corpo, mas o mau amigo pode lhe ferir a mente.” - Sakyamuni

"É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos." Antoine de Saint-Exupéry

"Temos a arte para não morrer da verdade" - Friedrich Nietzche

" O tempo não cura nada, o tempo apenas desloca o incurável do centro das atenções." - Martha Medeiros

"Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco." - Charles Chaplin

“Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho, Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!” - Machado de Assis

"Ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém. Esse é o grande segredo de liberdade ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la." - Paulo Coelho

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã." - Dalai Lama

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe." - Oscar Wilde

"Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu." - Albert Einstein"

"A palavra é meu domínio sobre o mundo" - Clarice Lispector

"Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta" - Cecília Meireles

"Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém" - Vinícius de Moraes

'Temos a arte pra que a verdade não nos destrua.' - Nietzsche

"Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante." - Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A INCLUSÃO DIGITAL E SOCIAL PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

Achei interessante postar a importancia dos TICs

Elisa Tomoe Moriya Schlünzen.Flávia dos Santos Silva
A presente pesquisa, visa à construção de um ambiente Construcionista, Contextualizado e Significativo (CCS) para os Portadores de Necessidades Especiais (PNEs), apropriando-se das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) como ferramentas potencializadoras de habilidades para favorecer a inclusão social e digital de dois alunos portadores de Paralisia Cerebral – 29 e 19 anos. Assim, no desenvolvimento das atividades procuramos atender os anseios de cada aluno em relação ao mundo, possibilitando que suas habilidades sejam afloradas, procurando não permitir que suas limitações e/ou dificuldades sejam evidenciadas. A abordagem para o uso das TIC’s foi CCS, e adotando como estratégia à metodologia de projetos, que a partir de temas geradores oportunizam resultados com a identidade de cada um. Desta forma, passamos a lidar com o computador não como uma máquina de ensinar, transmissora de conteúdos sem significado para os alunos, mas como uma ferramenta potencializadora de avanços para o processo de ensino-aprendizagem. Assim sendo, este trabalho está intimamente relacionado ao Ambiente Potencializador para a Inclusão (API). A pesquisa de campo é realizada no laboratório do Grupo de Pesquisa e Suporte em Educação e Tecnologia – GPSETE. Com a pesquisa foi possível inserir na vida desses alunos, uma aprendizagem que resgatasse seus sonhos e suas expectativas na convivência com o mundo, considerando suas formas particulares de se relacionar com o computador. Assim, após esta investigação podemos concluir que podemos formar os portadores de PC não só no aspecto cognitivo mas também socialmente, politicamente, afetivamente e eticamente, por meio das TIC’s favorecendo eles a se encontrarem em sua totalidade.

Elisa Tomoe Moriya Schlünzen elisa@prudente.unesp.br
Flávia dos Santos Silva - flaviasansi@yahoo.com.br

Leitura e escrita no contexto digital



Leitura e escrita no contexto digital


O acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação, sobretudo à Internet, é hoje imprescindível para o desenvolvimento da leitura e da escrita. Não se trata somente de mudar de caneta tinteiro para esferográfica, como aconteceu no passado, ou trocar o teclado da máquina de escrever pelo do computador. Trata-se de ter acesso a uma grande quantidade de informações e de oportunidades de comunicação, sem as quais fica difícil formar o cidadão contemporâneo. Como em outros espaços letrados, o leitor/escritor do mundo digital necessita desenvolver competências leitoras e escritoras específicas, significativas nessa forma de comunicação.


No caso da leitura, por exemplo, o hipertexto, que é uma característica fundamental da Internet, exige do leitor maior habilidade de antecipação do tema ou idéia principal a partir de elementos como título e subtítulo, de imagens e saliências gráficas Exige, também, maior facilidade de buscar informações complementares ao texto principal ou de estabelecer rápidas relações entre textos, navegando de um link a outro. Ainda é necessário que o leitor do hipertexto desenvolva maior capacidade para avaliar criticamente as informações encontradas e para saber identificar fontes mais confiáveis entre as inúmeras que a ele se apresentam.


"A leitura exploratória das imagens — fotografias, ilustrações, mapas, gráficos, tabelas, fórmulas matemáticas, esquemas, além das saliências gráficas como estilo, tamanho e cor da fonte e emprego de recursos como itálico, negrito é essencial para o leitor escolher o que ler em função de seus objetivos." (SÃO PAULO, 2006, p. 19-20)



No caso da escrita, há dois aspectos importantes a se levar em conta, relacionados com as novas condições em que ela é produzida. A reflexão sobre essas questões deve considerar as diferenças entre a escrita realizada nas comunicações síncronas e nas assíncronas.


Síncrona e assíncrona
Numa ferramenta de comunicação assíncrona, como Fórum, os participantes não precisam estar conectados ao mesmo tempo para que haja interação. As ferramentas síncronas, como o chat, permitem conversas via Internet em tempo real, ou seja, mensagens escritas são trocadas instantaneamente.
Nas comunicações síncronas, as novas condições de produção de texto impõem configurações próprias à escrita na tela, conhecida como "internetês". Essa forma de expressão resumida e condensada resulta diretamente das restrições impostas pelas relações entre aqueles que escrevem e aqueles que lêem no tempo e espaço disponíveis na Internet. A necessidade de resumir o que se escreve, de condensar informações e até de simplificar a ortografia são decorrências dessas relações, que forçam esses procedimentos.
Como essas são mudanças velozes, muitos adultos, sobretudo aqueles preocupados com a defesa da língua enquanto sistema fixo de normas e regras, assustam-se com elas. No entanto, se essas comunicações forem consideradas como contingência da língua viva, que possui aspectos que nascem, crescem e morrem como tudo que é vivo, fica mais compreensível aceitar as mudanças contínuas que ela apresenta e trabalhar com elas.


Nesse sentido, é importante lembrar que, ao longo de sua história, a humanidade inventou diferentes formas de escrita nos diferentes tempos e espaços. Por exemplo, alguns povos orientais escrevem da direita para esquerda, enquanto nós escrevemos da esquerda para a direita. Há mudanças evidentes pelas quais as línguas vivas passam, como a incorporação de muitas palavras e formas de expressão estrangeiras, resultado das comunicações entre povos em todos os tempos da história. Se analisarmos a origem das palavras que usamos no cotidiano, veremos que elas provêm de diferentes línguas, mortas ou vivas.
Além dessas transformações resultantes do contato entre línguas diversas, é importante observar aquelas que ocorrem ao longo do tempo, numa mesma língua. Todo mundo sabe, por exemplo, que "farmácia", no início do século passado, escrevia-se "pharmacia", uma mudança entre muitas outras na ortografia portuguesa.
Assim, em vez de condenar a priori as novas formas de comunicação que o uso do computador e da Internet trouxeram, torna-se muito mais educativo compreendê-las e aproveitar os benefícios que
delas se pode extrair. No caso da comunicação assíncrona, por exemplo, são evidentes as vantagens: o processo de reflexão e de aprofundamento da escrita pode ser melhorado devido aos recursos de registro do meio digital, tais como facilidade de apagar erros e inconveniências e possibilidade de armazenar o histórico da produção, ações mais difíceis de serem realizadas no papel.
Outra vantagem a ser considerada é que a Internet facilita a publicação e distribuição de conteúdos. Qualquer pessoa, com acesso e habilidades básicas no uso do navegador, pode publicar textos, imagens, vídeos e áudios. Essa característica pode estimular a produção de textos por parte dos alunos, na medida em que possibilita a ampla socialização das suas produções. Seu texto não fica mais restrito ao contexto escolar, o que leva o aluno a escrever com maior responsabilidade, considerando a possível compreensão dos inúmeros e diferentes leitores que poderá ter.
Diante disso, é papel do professor garantir que o aluno, ao mesmo tempo, possa se comunicar com outros da mesma idade, do mesmo grupo social, desse jeito particular e novo, e compreenda que, para se comunicar mais amplamente, precisa usar as normas da língua oficial. Para tanto, além de possibilitar ocasiões para comunicação síncrona em que a linguagem usada é naturalmente mais informal, é importante também garantir atividades de produção de texto no meio digital que mostrem ao aluno a importância do uso da norma culta para se fazer entender, como numa situação em que ele tenha de escrever um e-mail de solicitação para a diretora da escola, ou elaborar um currículo para tentar conseguir um trabalho, ou, ainda, publicar um texto num jornal virtual, por exemplo.
Ao planejar suas aulas, o professor, como mediador, precisar considerar as características particulares da leitura e da escrita na Internet. Para que seu trabalho de mediação seja bem-sucedido, é importante que o professor também seja um leitor/autor familiarizado com o mundo digital. Se ele estiver acostumado apenas a ler no impresso, terá dificuldade em entender o hipertexto e assim ajudar o aluno a se apropriar das possibilidades desse tipo de leitura. Se ele estiver habituado a escrever apenas no papel, não saberá utilizar os recursos disponíveis nos processadores de texto e na busca de informações na Internet que podem e devem sustentar o conteúdo das produções escritas.


* Texto produzido a partir da entrevista on line, realizada no chat do EducaRede, pelo Grupo de Referência POIEs – SME-SP com a professora Heloísa Amaral, mestre em Educação e editora da Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro.


Fonte: Caderno de Orientações Didáticas – Ler e Escrever – Tecnologias na Educação
http://www.educarede.org.br

Saiba o que mudou na ortografia brasileira

Saiba o que mudou na ortografia brasileira
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.Mudanças no alfabetoO alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:A B C D E F G H I JK L M N O P Q R ST U V W X Y ZAs letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.TremaNão se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como ficaagüentar aguentarargüir arguirbilíngüe bilínguecinqüenta cinquentadelinqüente delinquenteeloqüente eloquenteensangüentado ensanguentadoeqüestre equestrefreqüente frequentelingüeta linguetalingüiça linguiçaqüinqüênio quinquêniosagüi saguiseqüência sequênciaseqüestro sequestrotranqüilo tranquiloAtenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.Mudanças nas regras de acentuação1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).Como era Como ficaalcalóide alcaloidealcatéia alcateiaandróide androideapóia (verbo apoiar) apoiaapóio (verbo apoiar) apoioasteróide asteroidebóia boiacelulóide celuloideclarabóia claraboiacolméia colmeiaCoréia Coreiadebilóide debiloideepopéia epopeiaestóico estoicoestréia estreiaestréio (verbo estrear) estreiogeléia geleiaheróico heroicoidéia ideiajibóia jiboiajóia joiaodisséia odisseiaparanóia paranoiaparanóico paranoicoplatéia plateiatramóia tramoiaAtenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.Como era Como ficabaiúca baiucabocaiúva bocaiuvacauíla cauilafeiúra feiuraAtenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).Como era Como ficaabençôo abençoocrêem (verbo crer) creemdêem (verbo dar) deemdôo (verbo doar) dooenjôo enjoolêem (verbo ler) leemmagôo (verbo magoar) magooperdôo (verbo perdoar) perdoopovôo (verbo povoar) povoovêem (verbo ver) veemvôos vooszôo zoo4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.Como era Como ficaEle pára o carro. Ele para o carro.Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.Comi uma pêra. Comi uma pera.Atenção:- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.Uso do hífenAlgumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:anti-higiênicoanti-históricoco-herdeiromacro-históriamini-hotelproto-históriasobre-humanosuper-homemultra-humanoExceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:aeroespacialagroindustrialanteontemantiaéreoantieducativoautoaprendizagemautoescolaautoestradaautoinstruçãocoautorcoediçãoextraescolarinfraestruturaplurianualsemiabertosemianalfabetosemiesféricosemiopacoExceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:anteprojetoantipedagógicoautopeçaautoproteçãocoproduçãogeopolíticamicrocomputadorpseudoprofessorsemicírculosemideusseminovoultramodernoAtenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:antirrábicoantirracismoantirreligiosoantirrugasantissocialbiorritmocontrarregracontrassensocossenoinfrassommicrossistemaminissaiamultissecularneorrealismoneossimbolistasemirretaultrarresistenteultrassom5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:anti-ibéricoanti-imperialistaanti-inflacionárioanti-inflamatórioauto-observaçãocontra-almirantecontra-atacarcontra-ataquemicro-ondasmicro-ônibussemi-internatosemi-interno6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:hiper-requintadointer-racialinter-regionalsub-bibliotecáriosuper-racistasuper-reacionáriosuper-resistentesuper-românticoAtenção:- Nos demais casos não se usa o hífen.Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:sub-região, sub-raça etc.- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:hiperacidezhiperativointerescolarinterestadualinterestelarinterestudantilsuperamigosuperaquecimentosupereconômicosuperexigentesuperinteressantesuperotimismo8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:além-maralém-túmuloaquém-marex-alunoex-diretorex-hospedeiroex-prefeitoex-presidentepós-graduaçãopré-históriapré-vestibularpró-europeurecém-casadorecém-nascidosem-terra9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:girassolmadressilvamandachuvaparaquedasparaquedistapontapé12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:Na cidade, conta--se que ele foi viajar.O diretor recebeu os ex--alunos.Resumo - Emprego do hífen com prefixosRegra básicaSempre se usa o hífen diante de h:anti-higiênico, super-homem.Outros casos1. Prefixo terminado em vogal:- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.- Com hífen diante de mesma vogal:contra-ataque, micro-ondas.2. Prefixo terminado em consoante:- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.Observações1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:circum-navegação, pan-americano etc.3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

10 Dicas para ensinar seus filhos gostarem de ler

Olha só o que eu encontrei pela net, é de um outro site, dai colei aqui, mas coloquei a fonte viu!
10 dicas para ensinar seus filhos a (gostarem de) ler
1. Escolha uma hora bem calma
Com as crianças, nós sabemos que há “horas calmas” e “horas agitadas”. Procure um lugar e uma hora calmos e sente-se com um livro. Dez a quinze minutos por dia é suficiente.
2. Faça da leitura um prazer
A leitura precisa ser algo prazeiroso. Sente com seu filho. Tente não fazer pressão se ele ou ela estiverem indispostos. Se a criança perder interesse, faça algo diferente.
3. Mantenha o fluxo
Se ele pronunciar uma palavra errada, não interrompa imediatamente. Ao invés disso, dê a oportunidade para auto-correção. É melhor ensinar algumas palavras desconhecidas para manter o fluxo e o entendimento da frase do que insistir em fazê-lo pronunciar o som exato das letras.
4. Seja positivo
Se a criança diz algo quase certo no início de uma frase, tudo bem. Não diga “Não, está errado”, mas sim “Vamos ler isso aqui juntos” e dê ênfase às palavras quando pronunciá-las. Aumente a confiança da criança com dizeres positivos a cada pequena melhoria que ela conseguir. “– Muito bom! Você aprende rápido!” “– Certo! Você é muito inteligente” etc.
5. Sucesso é a chave
Pais ansiosos para que seus filhos progridam podem, erroneamente, dar livros muito difíceis. Isso pode causar o efeito oposto ao que eles estão esperando. Lembre-se “Nada faz tanto sucesso quanto o sucesso”. Até que seu filho tenha adquirido mais confiança, é melhor continuar com livros fáceis. Pressioná-lo com um livro com muitas palavras desconhecidas não vai ajudar, muito pelo contrário. Não haverá fluxo, o texto não vai ser entendido e provavelmente a criança vai se tornar relutante com a leitura.
6. Visite a Biblioteca
Encorage seu filho a retirar livros na biblioteca pública. Leve-o até lá e mostre, com calma, tudo que ele precisa.
7. Pratique regularmente
Tente ler com seu filho todos os dias da semana. “Pouco, mas freqüentemente” é a melhor estratégia. Os professores da escola têm um tempo limitado para ajudar individualmente a leitura dos alunos.
8. Converse com o pimpolho
Provalvemente seu filho tem um dia de leitura na escola (Se não tem, vá lá e faça com que tenha, ora). Sempre converse com ele e faça comentários positivos. Assim a criança vê que você está interessado em seu progresso e que você valoriza a leitura.
9. Fale sobre os livros
Ser um bom leitor é muito mais do que simplesmente ler palavras corretamente. O mais importante é entender e refletir sobre o que está lendo. Sempre fale com seu filho sobre olivro, sobre as figuras, sobre as personagens, como ele acha que vai ser o final da história, sua parte favorita etc. Assim você vai ver como está o entendimento dele e poderá ajudá-lo a desenvolver uma boa interpretação.
10. Varie sempre
Lembre que as crianças precisam experimentar vários materiais de leitura. Por exemplo,livros só de figuras, quadrinhos, revistas, poemas e até os jornais (mostre a ele a parte com palavras cruzadas e, claro, as tirinhas e charges).
fonte: http://www.lendo.org/dicas-para-incentivar-a-leitura-nas-criancas/

domingo, 17 de janeiro de 2010




Indicações de FILMES

Relacionamento a Dois
A história de nós dois - Relacionamento casal
Alguém Tem que Ceder - Relacionamento casal
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças - Relacionamento casal
Como Perder um Homem em 10 Dias - Relacionamento Casal
Infidelidade - Relacionamento casal
Nunca Mais - Obsessão
Dormindo com o Inimigo - Obsessão
Atração Fatal - Obsessão
Quem tem Medo de Virginia Wolf - Relacionamento patológico casal
Inimigo em Casa - Relacionamento patológico casal
Ciúme: o inferno do amor possessivo - Ciúme patológico
Otelo - Ciúme patológico
Longe do Paraíso - Homossexualidade
Delicada relação - Homossexualidade
Assunto de meninas - Homossexualidade
The Birdcage - A Gaiola das Loucas - Homossexualidade
Má Educação - Homossexualidade

Relações Humanas
Duelo de Titãs - Relações humanas
A Corrente do Bem - Relações humanas
A Última Fortaleza - Liderança
Coração Valente - Liderança
Vida de Inseto - Liderança
Virando o Jogo - Liderança
A Era do Gelo - Liderança
Treze Homens e Uma Sentença - Liderança
Um Pavão na Terra dos Pingüins - Liderança
A Quadrilha Morkey - Liderança
Mudança de Hábito I - Liderança
Em Busca do Paraíso 1842 - Liderança
Sucesso a Qualquer Preço - Liderança
Apolo 13 - Liderança
A Fuga das Galinhas - Liderança
O Rei Leão I - Liderança
Henrique V - Liderança
Jamaica Abaixo de Zero - Trabalho em Equipe
A Festa de Babette - Trabalho em Equipe
Formiguinhas - Planejamento
A Espera de um Milagre - Planejamento
Fábrica de Loucuras - Planejamento
O Clube do Imperador - Filosofia/professor/valores
A Era das Máquinas - Desenvolvimento organizacional
A Fantástica História de Amelin Polin - Detalhismo
A escola da desordem - Tipos de escolas
O pescador de ilusões - A questão do outro
O Hotel de Um Milhão de Dólares - A questão do outro


Dependência Química/ Alcoolismo
Despedida em Las Vegas - Alcoolismo
28 Dias - Alcoolismo
Morrer em Las Vegas - Alcoolismo
Quando um Homem Ama uma Mulher - Alcoolismo
Sidy & Nancy: O amor mata - Dependência Química
Eu Cristiane F. Drogada e Prostituída - Dependência Química
Diário de um Adolescente - Dependência Química
Kids - Dependência Química
The Wall - Dependência Química
Amarelo manga - Dependência Química
Requiém para um sonho - Dependência Química
The Doors - Dependência Química
Transpoiting - Dependência Química
O som das nuvens - Dependência Química
Candy - Dependência Química


Relações Familiares
A Casa de Vidro - Relações Familiares
As Confissões de Schimidt - Relações Familiares
Parente é Serpente - Relações Familiares
Estamos Todos Bem - Relações familiares
Seabiscuit - Relações Familiares
O Príncipe das Marés - Relações familiares
O Quarto do Filho - Relações familiares
Os esquecidos - Relações familiares
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Nunca sem Minha Filha - Relações Familiares
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Meu Pai, Uma Lição de Vida - Relações Familiares
Colcha de Retalhos - Relações Familiares
Disputa em Família - Relações Familiares
As duas vidas de Audrey Rose - Relações Familiares
Num lago dourado - Relações Familiares
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Psicopatologia
Spider - Psicopatologia
A Mão do Diabo - Psicopatologia
Camisa de Força - Psicopatologia
Crash: No limite - Psicopatologia
Presença de Ellena - Psicopatologia
Fixação - obsessão/psicopatologia
A Mão que Balança o Berço - Obsessão
Sem Pistas - Obsessão
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Mr. Jones - Transtorno Bipolar de Humor
Cazuza, o tempo não para - Transtorno Bipolar de Humor
O outro lado da rua - Transtorno Bipolar de Humor
Tratamento de Choque - Psiquiatria
Agnes de Deus - Psiquiatria
Camisa de Força - Psiquiatria
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Asas da liberdade - Psiquiatria
Silêncio como o gelo - Psiquiatria
Encaixotando Helena - Distúrbio mental
Garota Interrompida - Borderline
Bem me Quer, Mal me Quer - Erotomania
O Aviador - Transtorno Obsessivo Compulsivo
Melhor Impossível - Transtorno Obsessivo Compulsivo
Mais estranho que a ficção - Transtorno Obsessivo Compulsivo
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Laranja Mecânica - Behaviorismo/ Psicologia Experimental
Hannibal - Canibalismo
Asas da Liberdade - Transtorno de Personalidade
Bicho de Sete Cabeças - Transtorno de Personalidade
Clube da Luta - Transtorno de Personalidade
Shine - Esquizofrenia
Leolo - Esquizofrenia
Psicose - Esquizofrenia
Durval discos - Esquizofrenia
Angel baby - Esquizofrenia
Uma mente Brilhante - Esquizofrenia
Copacabana - Alucinação/ Delírio
Memórias póstumas - Alucinação/ Delírio
Netto perde sua ala - Alucinação/ Delírio
Carandiru - Alucinação/ Delírio
O homem que copiava - Alucinação/ Delírio
Paixão de Jacobina - Alucinação/ Delírio
Repulsa ao sexo - Alucinação/ Delírio
O pescador de ilusões - Alucinação/ Delírio
Janela secreta - Transtorno Dissociativo
Amigo oculto - Transtorno Dissociativo
Garotas do ABC - Transtorno Dissociativo
Identidade - Transtorno Dissociativo
Instinto secreto - Transtorno Dissociativo
Dupla Personalidade - Transtorno Dissociativo
As duas faces de um crime - Psicopatia
Jogos mortais - Psicopatia
O Talentoso Ripley - Psicopatia
Ripley - No Limite - Psicopatia
Olhos de vampa - Psicopatia
O xangô de baker street - Psicopatia
O invasor - Psicopatia
Roubando vidas - Psicopatia
Cabo do medo - Psicopatia
Dr. Giggles-especialista em óbitos - Psicopatia
Geração Prozac - Transtorno de Humor


Deficiências
Belinda - Deficiência Múltipla
Gaby - Deficiência Múltipla
Ammy, uma Vida pelas Crianças - Deficiência Múltipla
As Chaves da Casa - Deficiência Múltipla
O Milagre de Anne Sulivan - Deficiência Múltipla
Hellen Keller - Deficiência Múltipla
Lágrimas do Silêncio - Deficiência Múltipla
Meu Pé Esquerdo - Deficiência Física
A Força de um Campeão - Deficiência Física
A Canhotinha - Deficiência Física
Eterno Amor - Deficiência Física
O Óleo de Lorenzo - Deficiência Física
Eterno Amor - Deficiência Física
Uma Janela para o Céu - Deficiência Física
Frida - Deficiência Física
Alguém para Amar - Deficiência Física
À Procura de Mr. Goodbar - Deficiência Física
Carne Trêmula - Deficiência Física
Frida - Deficiência Física
A Força de um Campeão - Deficiência Física
A Maçã - Deficiência Física
A Cor do Paraíso - Deficiência Visual
Além dos meus olhos - Deficiência Visual
À Primeira Vista - Deficiência Visual
Castelos de Gelo - Deficiência Visual
Dançando no Escuro - Deficiência Visual
A Pessoa é Para o que Nasce - Deficiência Visual
Ensaio Sobre a Cegueira - Deficiência Visual
Mergulho em uma paixão - Deficiência Visual
Janela da Alma - Deficiência Visual
Perfume de Mulher - Deficiência Visual
E aí meu Irmão, cadê você? - Deficiência Visual
Blink - Num Piscar de Olhos - Deficiência Visual
Jennifer 8 - A Próxima Vítima - Deficiência Visual
Castelos de Gelo - Deficiência Visual
Dançando no Escuro - Deficiência Visual
Desafio sem Limites - Deficiência Visual
O silêncio - Deficiência Visual
O Piano - Deficiência Auditiva
Filhos do Silêncio - Deficiência auditiva
O Silêncio dos Inocentes - Deficiência Auditiva
Mr. Holland – Adorável Professor - Deficiência Auditiva
Amargo Regresso - Paraplegia
A Luta de Dennis Byrd - Paraplegia
Nascido em quatro de julho - Paraplegia
Dr. Fantástico - Paraplegia
Amargo Progresso - Paraplegia
Feliz Ano Velho - Tetraplegia
A História de Brooke Ellison - Tetraplegia
Uma Janela para o Céu- Tetraplegia
Lágrimas do Silêncio - Deficiência Múltipla
Rain Man - Autismo
O Enigma das Cartas - Autismo
Meu Filho Meu Mundo - Autismo
Jogo subterrâneo - Autismo
Músicas do coração - Autismo
Nell - Autismo
Filha da luz - Autismo
Experimentando a Vida - Autismo
Sem preconceito - Autismo
Encontro de Irmãos - Autismo
Rain Man - Autismo
Código para o inferno - Autismo
Prisioneiro do silêncio - Autismo
Testemunha do silêncio - Autismo
A sombra do piano - Autismo
Aprendiz de sonhador - Autismo
Casa de cartas - Autismo
Caminhos do coração - Autismo
Nada como a verdade - Autismo
O garoto que podia voar - Autismo
O segredo de Adam - Autismo
O balão negro - Autismo
Retratos de família - Autismo
Uma dose de amor - Autismo
Missão especial - Autismo
Meu filho meu mundo - Autismo
Um Amigo Inesperado - Autismo
Uma família especial - Autismo
Um certo olhar - Autismo
O Enigma de Kasper Hauser - Autismo
Loucos de amor - Asperger
Nicky and Gino - Deficiência Intelectual
Meu Nome é Rádio - Deficiência Intelectual
Muito além do jardim - Deficiência Intelectual
Os Dois Mundos de Charly - Deficiência Intelectual
Simples como o Amor - Deficiência Intelectual
Uma Lição de Amor - Deficiência Intelectual
Gilbert Grape - Deficiência Intelectual
O Poder da Emoção - Deficiência Intelectual
Gideon, um anjo em nossas vidas - Deficiência Intelectual
Ratos e Homens - Deficiência Intelectual
Shine - Brilhante - Deficiência Intelectual
A Outra Irmã - Deficiência Intelectual
Forrest Gump – O Contador de História - Deficiência Intelectual
Oitavo Dia - Síndrome de Down
O Guardião de Memórias - Síndrome de Down
AfterLife - Síndrome de Down
Sempre amigos - Síndrome de Down
Do Luto à Luta - Síndrome de Down
Quem falará por Jonathan? - Síndrome de Down
Mentes que brilham - Altas Habilidades
Sempre amigos - Altas Habilidades
Gênio Indomável - Altas Habilidades
Pela vida de meu filho - Epilepsia
Rei Coragem - Paralisia Cerebral
De Porta em Porta - Paralisia Cerebral
Amadeus - Síndrome de Tourette


Doenças Crônicas
Um golpe do destino - Câncer
Hilary e Jackie - Esclerose Múltipla
Filadelfia - Aids
A cura - Aids
Dawn Anna - Doença debilitante
O jardim secreto - Doença debilitante
O menino da bolha de plástico - deficiência rara no sistema imunológico
O óleo de Lorenzo - doença degenerativa
Iris - Alzheimer
Longe Dela - Alzheimer


Relação Terapêutica
Nosso Querido Bob - Relação Terapêutica
Máfia no Divã - Relação Terapêutica
Tempo de Despertar - Relação Terapêutica
No Limite do Silêncio - Relação Terapêutica
Quando Nietzsche Chorou - Relação Terapêutica
Don Juan de Marco - Relação Terapêutica
Jornada da alma - Relação Terapêutica
O Bom Rebelde - Relação Terapêutica
Freud além da alma - Relação Terapêutica
Patch Adams: O amor é contagioso - Relação Terapêutica
Um golpe do Destino - Relação Terapêutica


Igreja
Em Nome de Deus - Influência da Igreja
Em Nome da Rosa - Influência da Igreja


Transtornos Alimentares
Por Amor a Nancy - Anorexia e Bulimia
The Best Little Girl in the World - Anorexia
Superstar: The Karen Carpenter Story - Anorexia
Thin - Anorexia e Bulimia
O Preço da Perfeição: A história de Ellen Pena - Bulimia


Suicídio
As horas - Suicídio
Adeus minha filha - Suicídio
O primeiro dia - Suicídio
Assunto de meninas - Suicídio
A cor da noite - Suicídio


Sexuais
Mistérios da carne - Abuso sexual
Cama de gato - Abuso sexual
Anjos do Sol - Abuso Sexual
Festa de Família - Abuso sexual
Zona de Conflito - Abuso sexual
Abuso Sexual - Abuso sexual
Marcas do Silêncio - Abuso sexual
Querem me enlouquecer - Abuso sexual
Pecados íntimos - Pervensão sexual
Viciado em sexo - Perversão sexual
Gemidos de prazer - Perversão sexual
A professora de piano - Perversão sexual

Lista de filmes

Relacionamento a Dois


A história de nós dois - Relacionamento casal

Alguém Tem que Ceder - Relacionamento casal

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças - Relacionamento casal

Como Perder um Homem em 10 Dias - Relacionamento Casal

Infidelidade - Relacionamento casal

Nunca Mais - Obsessão

Dormindo com o Inimigo - Obsessão

Atração Fatal - Obsessão

Quem tem Medo de Virginia Wolf - Relacionamento patológico casal

Inimigo em Casa - Relacionamento patológico casal

Ciúme: o inferno do amor possessivo - Ciúme patológico

Otelo - Ciúme patológico

Longe do Paraíso - Homossexualidade

Delicada relação - Homossexualidade

Assunto de meninas - Homossexualidade

The Birdcage - A Gaiola das Loucas - Homossexualidade

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Adaptação de um Conteúdo curricular para cegos e com baixa visão.

1-Orientação e mobilidade
A deficiência visual, em qualquer grau, compromete a capacidade da pessoa de se orientar e de se movimentar no espaço, com segurança e independência.
Na idade pré-escolar, quando a criança está desenvolvendo sua capacidade de socialização, isso prejudica (ou até mesmo impede) o conhecimento do mundo ao seu redor e seu relacionamento com outras pessoas. É uma fase em que ela gosta de ter amigos, brincar e compartilhar os brinquedos. Se não puder desempenhar estes papéis, ficará insatisfeita e isolada, e isso trará prejuízos à sua aprendizagem.
Nos programas de estimulação precoce há técnicas especializadas para desenvolver o sentido de orientação usando o tato, a audição e o olfato, para que a criança possa se relacionar com os objetos significativos que estão ao seu redor. O treinamento da orientação e da mobilidade permite que a pessoa se movimente e se oriente com segurança na escola, em casa, no trânsito, de acordo com sua idade, inclusive com a apresentação de um ambiente por outra pessoa, que irá lhe informar minuciosamente os detalhes que envolve esse ambiente.
No ensino Fundamental entre 7 e 11 anos, a principal atividade da criança, com ou sem deficiência, é estudar. A aprendizagem das técnicas de leitura e escrita depende do desenvolvimento simbólico e conceitual do aluno, de sua maturidade mental, psicomotora e emocional. Esse processo não acontece de forma espontânea: é resultado da orientação e do estímulo oferecidos pelo professor, que escolhe um método e um processo de alfabetização.
Logo de início, o aluno com deficiência visual apresenta uma desvantagem básica: a perda (ou a redução) da visão. Falando de modo genérico, podemos destacar algumas características de seu processo de desenvolvimento, nesta faixa etária. Ele precisa de mais tempo para assimilar alguns conceitos, especialmente os abstratos;
Ele precisa ter estimulação contínua;
Ele tem dificuldade de interação, de apreensão, de exploração e domínio do meio físico;
Ele desenvolve mais lentamente a consciência corporal.
É importante que o professor e a família levem em conta as inevitáveis diferenças em relação à criança que enxerga, evitando fazer comparações.
A experiência e o aprendizado da criança portadora de deficiência visual dependem muito de seus outros órgãos dos sentidos. A falta de estímulos e de experiências que mobilizam os outros sentidos pode prejudicar a compreensão das relações espaciais e temporais e a aquisição de conceitos necessários ao processo de alfabetização.
A criança com baixa visão deve utilizar auxílios ópticos adequados e materiais pedagógicos adaptados, como textos com letras ampliadas. Ela também deve sentar-se na melhor posição possível na sala de aula, de onde tenha o melhor ângulo de visão da lousa.
Não há uma única regra que seja boa para todos os alunos: tudo depende do grau de visão e do tipo de patologia de cada um. Alguns terão maior facilidade com o sistema Braille e outros, com os tipos ampliados, que são letras de tamanho maior que o comum e com mais espaço entre uma linha e outra.
É preciso saber que a criança cega demora mais para conceber a idéia da leitura e da escrita. A criança que enxerga se habitua a ver letras, rótulos, palavras, a manusear livros e material impresso desde cedo; já a criança deficiente visual não tem esta mesma oportunidade. Ela geralmente só entra em contato com o mundo das letras no período escolar, o que retarda seu processo de alfabetização.
Se tiver um aluno cego em sua sala, o professor deve tomar alguns cuidados:
Ler o que está escrito na lousa;
Sempre que possível, passar a mesma lição para ele que foi dada para a classe;
Buscar o apoio do professor especializado, que ensinará à criança o sistema Braille e acompanhará o processo de aprendizagem;
Os estudantes e professores devem ter o cuidado de não criarem baixas expectativas, apenas com base na deficiência visual;
A mobilização de recursos pedagógicos para o aluno com deficiência deve ser considerada um direito dele;
O apoio ao aluno com deficiência deve ser considerado de responsabilidade de todos;
Disponibilizar com antecedência os textos e livros para o curso, considerando que a transcrição deste para formatos alternativos (por exemplo, a transcrição de textos para áudio, Braille ou disquete) demanda tempo adicional;
Se possível, o material de estudo deverá ser fornecido sob a forma de textos ampliados, textos em Braille, textos e aulas gravadas em áudio ou em disquete, de acordo com as necessidades do aluno e a possibilidade da escola. O aluno poderá ainda precisar utilizar auxiliares ópticos e equipamento informático adaptado, assim como apoio para trabalho de laboratório e do pessoal da biblioteca;
Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos de uma figura e descrever a imagem e a sua posição relativa a itens importantes;
Substituir os gráficos, fluxogramas e tabelas por outras questões ou utilizar gráficos simples em relevo;
Transcrever em Braille as provas e outros materiais;
Possibilitar usar formas alternativas nas provas: o aluno pode ler o que escreveu em Braille; fazer gravação em fita cassete ou escrever com tipos ampliados;
Ampliar o tempo disponível para a realização das provas;
Evitar dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
Ajudar só na medida do necessário;
O professor deve ter um comportamento o mais natural possível, não devendo super proteger o aluno, ou pelo contrário, ignorá-lo.
É preciso que o ambiente seja organizado para promover ativamente o desenvolvimento por meio dos canais sensoriais que a criança possui, de modo tal que ela seja capaz de participar nas atividades cotidianas e de aprender como qualquer criança. Se a visão é uma função importante, é preciso destacar, como o faz Vigotski (2000), que a sua ausência ou deficiência não impede o desenvolvimento, embora possa limitar, principalmente, a sua dimensão social. Para combater esse efeito (secundário) da deficiência visual é preciso investir de forma consciente e planejada na organização de um ambiente que promova a interação social e a participação dessas crianças. A linguagem é um dos meios privilegiados de promover a interação e a constituição de sentido e, à medida que a criança cresce e participa de vários ambientes sociais, a sua importância será crescente.
O universo da criança se amplia consideravelmente quando ela ingressa na escola. Às relações estabelecidas no ambiente familiar somam se novas relações com adultos e com outras crianças.

2-Adaptação de um Conteúdo curricular para cegos e com baixa visão.

Quanto à adaptação de um conteúdo curricular, a questão central se refere à sustentação da participação das crianças com deficiência visual, em projetos para os quais o professor só está preparado para lidar com base em recursos visuais. Dentre tantos exemplos vou citar o projeto sobre meios de transporte. Entre as atividades desenvolvidas para a compreensão dos diferentes meios de transporte em uma cidade, foi montada uma maquete, composta por casas, carros e ônibus. A confecção desses itens foi feita pelas crianças, com orientação dos adultos, utilizando moldes em papel e cartolina, lápis e canetas de diversos tipos. Foram confeccionados bonecos em massa, para representar as pessoas, e montados semáforos. Os carros, também em cartolina, tinham rodas em EVA. A cena foi montada sobre uma grande folha de cartolina, na qual estavam traçadas ruas, indicadas por traços visíveis e em relevo. Em outro momento, além da montagem da cidade, foi simulado um lago (uma caixa plástica com água, com o entorno simulando uma colina), no qual foram colocados barcos de papel, também confeccionados junto com as crianças.
Outra atividade realizada foi a da explicação da flutuação. Foi utilizada uma bacia grande com água e, com a participação de todos do grupo, diferentes materiais foram colocados para verificar suas características de flutuação. As conclusões foram aplicadas à compreensão da flutuação dos barcos.
Quando da explicação dos trilhos do trem, foi montado um modelo de trilho (cartolina e madeira) e um conjunto de duas rodas de trem ligadas por um eixo (em cartolina), de forma a explicar como a roda se encaixa no trilho. As crianças foram encorajadas a manusear essas rodas sobre o trilho e foram feitos comentários sobre o que significa o descarrilamento de um trem.
Também gostaria de relatar a experiência interessante que envolveu a confecção de livros infantis, para um projeto de contação de histórias. Foram escolhidas quatro histórias infantis, usualmente utilizadas em projetos educacionais, e confeccionados os livros adaptados, com o texto em tipo ampliado, em letra de forma, de modo a favorecer a leitura por crianças com baixa visão, com o texto em Braille correspondendo ao texto em tinta. Para as ilustrações, decidiu-se que não se buscaria uma representação de cada uma das figuras dos livros originais. Foram selecionadas imagens representativas das principais cenas das histórias, em geral modificadas de forma a não representar a cena toda, mas sim poucos personagens ou elementos significativos. Estes foram caracterizados por figuras montadas com diferentes
recursos: EVA, tecido, lã (ex: as ovelhas eram feitas em lã costurada), contas (costuradas) para indicar olhos e outros detalhes, objetos miniatura. Observou-se a exploração das figuras e o tateio do texto, pelas crianças, com diferentes níveis de participação e semelhantes aos observados por crianças videntes, nos diferentes momentos de contato com o livro infantil. No que se refere à representação de figuras e cenas, é importante lembrar que não se trata de “traduzir” uma representação visual em seu correspondente tátil.
Gravuras é o resultado de séculos de história da arte, de soluções estéticas e representativas que envolvem perspectiva, gradação de tons e diferentes modos de indicar formas e volumes.
É possível e desafiador criar uma representação tátil, a partir da mesma temática que sugeriu uma representação visual (por exemplo, o texto de uma história infantil). Abre-se, assim, uma perspectiva pouco explorada até o presente, que transcende, em muito, a mera adaptação de material gráfico.

3-Preparar uma atividade lúdica (brincadeira)

No que se refere aos materiais lúdicos para desenvolver atividades lúdicas, é necessário que
tragam a informação de modo a ser reconhecida de forma tátil e visual. Essa exigência traz alguns desafios, pela necessidade de dispor, em um espaço limitado, informações táteis e visuais equivalentes, oferecendo, ao mesmo tempo, um material “claro” e “não poluído”.

Jogos de bingo

Um dos exemplos de adaptação envolve o jogo de bingo, que permite o trabalho com diferentes conceitos, com material a ser pareado por identidade (ex: formas ou números iguais no cartão sorteado e nas cartelas) ou relação entre atributos (ex: parte-todo, espécie e gênero, figura e palavra ou ícone correspondente). Em um exemplo de adaptação de um bingo de formas, essas foram desenhadas em material tateável e coladas sobre cada cartela e também em pequenos cartões, a serem sorteados. Vários tipos de materiais podem ser utilizados para preparar figuras em relevo, como é descrito com detalhe por Reily (2004). Outro detalhe: foi delimitado, na cartela, um lugar para colocar o marcador da figura já sorteada (como os feijões no bingo tradicional), reduzindo o risco de serem deslocados, no momento da colocação de novos marcadores, relativos a novas figuras sorteadas. Isso foi feito com o recorte de orifícios quadrados na cartela, em posição fixa em relação a cada forma, colando-se o conjunto todo sobre outra cartolina. Os “feijões”, ou peças para marcar figuras sorteadas, eram quadrados de EVA que se encaixavam nos orifícios. Isso permitiu muitas jogadas, bastante animadas, sem a perda da informação sobre as figuras já sorteadas para cada participante.

O exemplo citado mostra a viabilidade de criação de materiais que permitam a participação conjunta em atividades educacionais e lúdicas de crianças com e sem deficiência visual, em situações que, usualmente, são centradas em materiais que exigem a visão. É importante, entretanto, não reduzir a questão à elaboração de um acervo de materiais adaptados. É sempre importante estar atento à dinâmica de utilização dos mesmos, relacionada aos interesses e competências dos membros dos grupos, propondo renovação e readaptação dos recursos.

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO E SUPERDOTAÇÃO

Introdução

Segundo a Política Nacional de Educação Especial de 1994, são considerados portadores de altas habilidades / superdotados aqueles que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. (Brasil, 1995).
Cada um dos aspectos citados contempla diferentes competências e pode estar combinado com outro(s) de forma muito peculiar, designando uma condição ímpar e desempenhos distintos, a saber:
- Habilidade intelectual geral: Inclui características relacionadas à curiosidade intelectual, excepcional capacidade de observação, habilidade de abstração altamente desenvolvida e atitude de questionamento;
- Talento acadêmico: contempla o desenvolvimento excepcional na escola, habilidade para as tarefas acadêmicas e resultados expressivos em testes de conhecimentos gerais;
- Habilidade de pensamento criativo: refere-se à originalidade e ao pensamento divergente, à habilidade para elaborar e desenvolver idéias originais, além da capacidade de percepção de diversos aspectos de um determinado assunto;
- Liderança: engloba habilidade em desenvolver uma interação produtiva com os demais, fazendo uso do poder de direcionamento de ações, de persuasão e de autocontrole;
- Artes visuais e cênicas: Inclui habilidades superiores para pintura, desenho, escultura, dança, canto, teatro, entre outros e para tocar instrumentos musicais;
- Habilidade psicomotora: envolve a facilidade para atividades atléticas, habilidades motoras refinadas e habilidades mecânicas. (Alencar, 1996).
Partindo destas considerações, é importante salientar que os alunos com altas habilidades/superdotação apresentam traços comuns no que concerne a alguns aspectos de seu desenvolvimento global, bem como quanto a diversas manifestações comportamentais, os quais devem ser observados pela equipe escolar, evitando o subdesempenho ou mesmo a frustração por parte do aluno, o qual pode vir a perceber sua notável habilidade como algo que não deva ser manifesto ou que não possa ser validado no ambiente acadêmico.
Identificar um aluno superdotado não significa encontrar um modelo de inteligência ou de personalidade, pois, os superdotados não apresentam um perfil homogêneo, porém, algumas características são comumente encontradas, por exemplo, nos primeiros cinco anos de vida, tais como:
· Desenvolvimento físico precoce, referindo-se a habilidades motoras amplas como: sentar, engatinhar e caminhar antes da idade esperada;
· Aquisição precoce da linguagem, rapidamente progredindo para sentenças complexas, com riqueza de vocabulário e amplitude de idéias;
· Persistência na busca por informações, nível avançado quanto à elaboração de perguntas e grande curiosidade intelectual;
· Maior tempo de manutenção da atenção concentrada e vigilância, quando motivados e interessados em determinado evento;
· Aprendizagem rápida e com instrução mínima, raramente necessitando de repetições;
· Interesses expressivos em áreas específicas, podendo levá-los a tornarem-se especialistas nestes domínios;
· Reações muito intensas frente a ruídos, dor, frustração, entre outros (super-reatividade);
· Alto nível de energia, que pode ser confundido com hipercinesia ou hiperatividade (Winner, 1998).
No que se refere às habilidades relacionadas ao ambiente acadêmico e aos fatores sócio-emocionais, a autora ainda destaca:
· Leitura precoce com instrução mínima;
· Grande envolvimento com números e relações numéricas;
· Memória aguçada para informações verbais e/ou matemáticas;
· Facilidade quanto ao raciocínio lógico e abstrato;
· Preferência por amigos mais velhos, compatíveis quanto aos interesses;
· Interesse por problemas filosóficos, morais, políticos e humanitários;
· Geralmente apresentam disparidade quanto ao desenvolvimento das áreas intelectual, lingüística, perceptual e psicomotora.
Tendo em vista a abrangência das características citadas, bem como as implicações educacionais e comportamentais de cada uma delas, percebe-se que há uma gama de reflexões que podem ser sugeridas a partir destes dados, a fim de estabelecer algumas ações e fomentar discussões que promovam a devida elaboração de alternativas de atendimento, tendo em vista o progresso acadêmico e social dos alunos, a melhoria da qualidade do ensino e o suporte sócio-emocional para as famílias. A grande variedade de características que podem ser apresentadas pelos superdotados reforça a necessidade de que sejam utilizados os mais diversos recursos para sua identificação, sem correr o risco de ignorar um aluno que não se enquadre num dado modelo pré-concebido ou numa noção inverídica sobre a superdotação (Sabatella, 1995).
Altas habilidades
Características avaliadas para a classificação de superdotado segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner*, utilizada pelo Governo Federal:
§ Verbal/Lingüística – Capacidade acima da média de empregar palavras efetivamente oralmente (apresentador de TV, orador, político, contador de estórias) ou por escrito (poeta, dramaturgo, jornalista). Um aluno gosta de ler, escrever, contar estórias, brincar com jogos de palavras.
§ Lógico/Matemática – Habilidade alta de usar raciocínio indutivo e dedutivo, de resolver problemas abstratos, e de entender as relações entre conceitos, idéias, e coisas interrelacionadas. Aplicadas em várias áreas como ciência, estudos sociais.
§ Visual/Espacial – Capacidade acima da média de formar um modelo mental de um mundo espacial e ser capaz de manobrar e operar utilizando este modelo. Os alunos com inteligência espacial têm a habilidade de perceber com perspicácia: cor, formas, espaço, e as relações que existem entre eles.
§ Corporal/Cinestésica – Alta capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo inteiro ou partes. Muito utilizada nos esportes e na dança e em ações de coordenação como a de um cirurgião.
§ Rítmica/Musical – Alto grau de sensibilidade a sons e a habilidade de responder emocionalmente.
§ Interpessoal – Habilidade acima da média de rapidamente compreender as outras pesosas. Sensibilidade a expressões faciais, voz e gestos. Por exemplo, em um nível simples, essa inteligência é vista em crianças que notam e são sensíveis ao humor dos adultos ao seu redor.
§ Intrapessoal - Capacidade alta de compreender a si mesmo; ter uma imagem precisa de si mesmo, com capacidade para auto-disciplina, auto-entendimento, e auto-estima.
§ Naturalista – Habilidade grande de ver padrões complexos no ambiente natural. Observada em alunos que gostam de fazer projetos sobre a natureza.
* - A Teoria das Inteligênicas Múltiplas foi estabecida pelo filósofo norte-americano Howard Gardner em 1983, no livro Frames of Mind: Theory of multiple intelligences. Segundo Gardner, a pessoa pode ser talentosa em uma dessas inteligências e não apresentar desempenho tão bom em outra.
Estratégias pedagógicas para atender as necessidades especiais do aluno com superdotação/altas habilidades.
A criação de turmas que entendam e respeitem as diferenças e todas as suas expressões (ritmo, aprendizagem, aptidões, habilidades) é um desafio constante e demanda tempo e paciência do educador, uma vez que é algo particularmente pessoal. Professores, orientadores educacionais e psicólogos escolares devem primeiramente acreditar que essas diferenças existem e que devem ser respeitadas, para posteriormente transpor esse respeito a seus educandos.
Uma das grandes dificuldades encontradas por alguns educadores é o fato de haver expectativas quanto à forma de promover a aprendizagem, entendendo o currículo como algo de difícil flexibilidade e, ainda, à visão equivocada de que os ritmos devem ser próximos à uniformidade e que algumas respostas devem ser as mesmas.
Ao se confrontar com um aluno com altas habilidades/superdotação, o professor descobre que o ritmo pode ser diferenciado, que o currículo pode ser enriquecido e ampliado e que as respostas não serão as esperadas regularmente.
Algumas ações pedagógicas flexibilizam as relações entre professores e alunos e permitem uma proximidade entre o conhecimento e o produto esperado deste conhecimento.
Algumas características dos professores favorecem a interação professor X aluno no contexto das altas habilidades / superdotação:
Criatividade ao utilizar estratégias e materiais;
Habilidade para organizar a sala de aula, currículo e metodologias de ensino;
Energia, prazer e entusiasmo pelo processo de aprendizagem e de desenvolvimento de seus alunos;
Conhecimento de diferentes estratégias de ensino e das características de aprendizagem de todos os alunos;
Flexibilidade para modificar estruturas, contextos e rotinas;
Disposição para estudos complementares e formação continuada;
Sensibilidade para identificar e para atender pontos fortes e conflitantes de suas aprendizagens.
As atividades pedagógicas desenvolvidas em salas de aulas regulares, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), favorecem a cada instituição a possibilidade de atualizar ou reelaborar as propostas pedagógicas vigentes, de acordo com as novas realidades que se apresentam. Então, ao reconhecer questões relativas às altas habilidades/superdotação, os educadores têm a possibilidade de rever suas práticas pedagógicas, de forma a atender às necessidades e diferentes perspectivas nos contextos de aprendizagens.
As questões que vêm favorecendo a aprendizagem e os ajustamentos escolares na área das altas habilidades/superdotação prevêem ações estimuladoras que:
ü Respeitem ritmos diferenciados;
ü Utilizem técnicas de trabalhos que favoreçam a reflexão, a discussão e a participação coletiva;
ü Permitam responder às dúvidas sempre que possível;
ü Permitam orientar os alunos quanto à distribuição e à organização de seu tempo;
ü Estimulem atividades sociais;
ü Procurem encontrar tópicos de interesses como ponto de partida;
ü Evitem comparar desempenhos;
ü Contribuam em vários contextos e situações de aprendizagens, que estimulem idas a bibliotecas, museus, workshops, eventos socioculturais;
ü Aceitem as diversidades e suas diferentes expressões.
Os desafios no atendimento educacional do aluno com superdotação/ altas habilidades é instigante e requer um trabalho pedagógico voltado para a perspectiva de uma aprendizagem ativa e dinâmica. Muitas contribuições serão construídas coletivamente e a turma terá grandes oportunidades de conhecer uma ou várias expressões de talentos, de conviver com ritmos diferenciados e aprendizagens que respeitarão estilos particulares.
Em sua proposta pedagógica, o professor poderá modificar a complexidade de exercí­cios, ampliar tarefas e propor planos de ação personalizados, conforme as necessidades dos seus alunos, poderá utilizar a monitoria, atividades suplementares e trabalhos coletivos.
Segundo as normatizações estabelecidas pelo Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial, além do atendimento pedagógico oferecido a alunos de altas habilidades/superdotação em classes comuns esses, poderão receber serviços de apoio pedagógico especializado em espaços escolares diferenciados e envolvendo professores especializados com diferentes funções em:
v Classes comuns;
v Salas de Recursos;
v Serviço com professor itinerante / Itinerância.
Algumas das possibilidades de atendimentos são desenvolvidas em Salas de Recursos, que dispõem de equipamentos, recursos pedagógicos e professores especializados para oferecer atividades suplementares, com vistas a aprofundar e/ou enriquecer o currículo em horário inverso ao das atividades de classes comuns.
A programação desenvolvida geralmente está de acordo com as características da superdotação e suas expressões (as atividades a serem desenvolvidas com um grupo de alunos com superdotação do tipo acadêmica serão distintas daquelas a serem desenvolvidas com um grupo de alunos do tipo talento musical).
Os objetivos das propostas de atendimento especializado em sala de recursos visam ampliar e diversificar os conhecimentos que despertam curiosidade e interesses nos alunos, promover a integração social e a filiação de seus pares, estimular o pensamento produtivo, desenvolver potencialidades e habilidades específicas, propiciar experiências de resolução de problemas, formulação de hipóteses e promover o ajustamento de diferentes áreas de desenvolvimento.
A aceleração é outra alternativa de atendimento que visa adiantar/ avançar o aluno com habilidades superiores a uma série acima de sua faixa etária, através da promoção antecipada ou da entrada precoce na escola, segundo regulamentação dos respectivos sistemas de ensino.Em termos de Legislação Nacional, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996, p. 35) prevê a “(...) aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para superdotados ”, a ser realizada mediante a avaliação de conhecimentos na própria escola e documentada em registros administrativos, o que possibilita a alguns alunos avançar conforme seu ritmo próprio.
O serviço de itinerância é uma possibilidade de atendimento que prevê a orientação e supervisão pedagógica a educadores e educandos, realizadas em visitas freqüentes às escolas, com o objetivo de sensibilizar a equipe pedagógica para novas indicações, acompanhar a aprendizagem e adaptação escolar dos alunos atendidos e refletir com respectivos professores de classe comum as questões relativas às altas habilidades/superdotação.
Segundo o relatório das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001, p. 49), para o atendimento educacional aos superdotados é necessário, entre outras ações, o registro do procedimento adotado em ata da escola e no dossiê do aluno, bem como a inclusão dos dados no histórico escolar com as especificações cabíveis. Também é importante incluir o atendimento educacional ao aluno de altas habilidades/superdotação nos projetos pedagógicos e regimentos escolares, de forma a documentar os serviços oferecidos.
O atendimento às necessidades educacionais dos alunos de altas habilidades/superdotação implica, primeiramente, o conhecimento de alguns conceitos, características e encaminhamentos pedagógicos possíveis a esse aluno. Em muitos contextos, a formação do professor não especifica as necessidades educacionais que encontrará em suas atividades pedagógicas, dificultando o entendimento de diferentes expressões. A formação complementar, continuada, poderá trazer conhecimentos, estratégias e alternativas pedagógicas que facilitem o entendimento de todo o intricado processo de aprendizagem.
O atendimento às singularidades das expressões contidas nas pessoas que apresentam as altas habilidades/superdotação é um direito a ser respeitado e efetivado por educadores e especialistas. Reconhecer a necessidade, as vantagens e os ganhos de inúmeros talentos produtivamente ativos em nossa sociedade é o primeiro passo a ser dado para que programas de atendimento às necessidades educacionais de pessoas com potenciais superiores venham a contribuir para o encaminhamento e atendimento de alunos que possam se beneficiar com o estímulo de suas altas habilidades.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996 – Lei nº 9.393 de 20 de dezembro de 1996 – e Plano Nacional de Educação em 2001, este atendimento foi reconhecido legalmente. Este reconhecimento está no Art. 24º que estabelece: “A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (...) V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: (...) c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado.” E no Art. 59 alerta que “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: (...) II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados”.
Outros fundamentos legais estão nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, instituída pela Resolução nº 02 de 11 de setembro de 2001. Esta Resolução define, no Art. 3º, a Educação Especial como a modalidade de educação escolar “(...) assegura recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos”; no Art. 5º, que considera “educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem: (...) inciso III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes”, e, ainda, no Artigo 8º, que enfatiza que: “As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns: (...) serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais o professor especializado em educação especial realize a complementação ou suplementação curricular, utilizando procedimentos, equipamentos e materiais específicos”.
A proposta de atendimento educacional para os alunos com altas habilidades/superdotação tem fundamento nos princípios filosóficos e ideológicos que embasam a educação inclusiva: valorizando a diversidade como elemento enriquecedor do desenvolvimento pessoal e social, promovendo o desenvolvimento de currículos amplos, flexíveis e abertos que possibilitem a aprendizagem e participação de todos; respeitando as diferentes formas de aprender e atendendo as necessidades educacionais de todos os alunos; garantindo a acessibilidade física e as comunicações; desenvolvendo um trabalho cooperativo entre os diversos segmentos que compõem a comunidade escolar.

ESTUDO DE CASO


INTERESSE ESPECÍFICO Antes disperso, hoje Guilherme usa seu dote nas artes para ilustrar explicações coletivas.

Mesmo nos casos em que não há a certeza de que o estudante tem altas habilidades, o estímulo do professor é bem-vindo. Foi o que pensou Sandra Nogueira quando percebeu o talento de Guilherme Oliveira de Souza, seu aluno da 7ª série da EE Odylo de Brito Ramos, em Teresina. Ela passava pelas fileiras quando notou um desenho muito bom no caderno. "Vi que ele tinha feito um em cada página. Era o conteúdo das aulas na frente e um desenho no verso."
Ela conversou com o garoto, tido como desinteressado pela maioria dos professores, e percebeu sua paixão por imagens. Nas semanas seguintes, apresentou materiais especiais, como pastel a óleo, bico de pena, nanquim e papel apropriado para desenho. "Ele aprendeu vários estilos", conta. Em História da Arte, Guilherme também se destaca. Quando Sandra pede um exemplo de pintura da fase que está sendo estudada, todos colam figuras recortadas - Guilherme reproduz. Em Ciências, ele ajudou a todos ao desenhar em uma parede uma grande flor decomposta, com todas as suas partes (veja foto acima).
Recentemente, quando o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades do Piauí esteve na escola e pediu aos educadores que ficassem atentos à possibilidade de alguns alunos terem altas habilidades, a professora indicou o garoto (que havia chegado até a 7ª série sem ser descoberto). "Agora, os colegas comentam que ele tem estado mais presente também nas outras disciplinas", afirma ela.
Denise Fleith, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (Unb), tem pós-doutorado em altas habilidades no Reino Unido e é formadora de novos especialistas no Brasil. Ela também defende a criação de salas de recurso e acredita que o professor da classe regular pode contribuir com o enriquecimento do currículo. "Ele pode e deve apresentar ao aluno caminhos para o desenvolvimento de seu potencial, desde materiais para pesquisa até contatos de estudiosos dos assuntos."
O superdotado pode ter qualquer perfil, do mais bagunceiro ao braço direito da professora, passando pelo tímido. O que o torna diferente é a habilidade acima da média em uma área específica do conhecimento. Isso pode ter razões genéticas ou ter sido moldado pelo ambiente em que o aluno vive. Raramente, os superdotados têm múltiplas habilidades. Portanto, uma boa pista para encontrá-los é reparar no desempenho e no interesse muito maiores por um determinado assunto.
O professor deve desconfiar de estudantes com vocabulário avançado, perfeccionistas, contestadores, sensíveis a temas mais abordados por adultos e que não gostem de rotina. O Ministério da Educação montou um formulário com 24 frases que ajudam a identificar estudantes assim (confira a lista no quadro "Como identificar a superdotação"). Se você reconhece um de seus alunos como possível superdotado, procure o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação na Secretaria de Educação de seu estado.
Exemplo de Formulário para identificação da superdotação/altas habilidades nos alunos:
01 Aprende fácil e rapidamente
02 Original, imaginativo, criativo, não-convencional.
03 Amplamente informado; informado em áreas não comuns.
04 Pensa de forma incomum para resolver problemas
05 Persistente independente, auto-direcionado (faz coisa sem que seja mandado)
06 Persuasivo, capaz de influenciar os outros.
07 Mostra senso comum; pode não tolerar tolices.
08 Inquisitivo, cético, curioso sobre o como e porque das coisas.
09 Adapta-se a uma variedade de situações e novos ambiente
10 Esperto ao fazer coisas com material comum
11 Habilidades nas artes (música, dança, desenho, etc.).
12 Entende a importância da natureza (tempo, lua, sol, estrelas, solo, etc.).
13 Vocabulário excepcional, verbalmente fluente.
14 Aprende facilmente novas línguas
15 Trabalha independente, mostra iniciativa.
16 Bom julgamento lógico
17 Flexível, aberto
18 Versátil, muitos interesses, interesses além da idade cronológica.
19 Mostra insight e percepções incomuns
20 Demonstra alto nível de sensibilidade, empatia com relação aos outros.
21 Apresenta excelente senso de humor
23 Expressa idéias e reações, frequentemente de forma argumentativa.
24 Sensível a verdade e à honra
Fonte: Galbraith e Delisle (1996 p.14)

Observação: Reserve alguns minutos para listar os nomes dos alunos que venham primeiramente à sua mente quando você lê as descrições abaixo. Não é necessário preencher todas as linhas. É provável que você encontre mais do que um aluno em cada descrição.
Os gestores têm a obrigação de indicar uma psicopedagoga para avaliar se a criança ou o jovem têm mesmo uma alta habilidade - e encaminhá-lo ao programa oficial de estímulo (quando existentes), com atividades extraclasse e orientações para o professor e a família. Instituições não governamentais também apoiam professores e familiares que procuram ajuda para desenvolver talentos. Alguns exemplos são o Instituto Rogério Sternberg, no Rio de Janeiro, e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da Universidade Federal do Paraná.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Carta (1997). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Brasília: Senado Federal.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF.
BRASIL, Ministério da Educação (2002). Adaptações curriculares em ação: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais de alunos com altas habilidades / superdotação. Brasília: MEC/SEESP.
CARVALHO, Rosita Edler (2000). Removendo barreiras para a aprendizagem - Educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação.
BRASIL, Ministério da Educação (2001). Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP.
FREEMAN, J. & GUENTHER, Z. C. (2000). Educando os mais capazes: idéias e ações comprovadas. São Paulo: EPU.
NOVAIS, Maria Helena (1979). Desenvolvimento Psicológico do Superdotado. São Paulo: Atlas.
WINNER, Hellen (1998). Crianças Superdotadas. Mitos e realidades. Porto Alegre: Artmed.
http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/altas-habilidades-489225.shtml