segunda-feira, 5 de agosto de 2013

SEGUNDO ENCONTRO PNAIC



PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

 

ATIVIDADES SELECIONADAS

 

ANO 02

UNIDADE 02

 

A ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO

E DA ROTINA NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO

 
 
RELATÓRIO DO ENCONTRO PRESENCIAL  
A
 Unidade 2 foi iniciada no encontro do dia vinte e quatro de maio das dezessete as vinte e uma horas, com a leitura para deleite do livro Grande, pequeno Autor (a): Blandina Franco Imagens: José Carlos Lollo Embora alguns não admitam, os adultos de hoje, quando eram crianças, fizeram “trelas” como qualquer criança. Dá para acreditar, por exemplo, que “a nutricionista muito magricela só comia pão com mortadela”? Ao ler a obra Grande, pequeno, o leitor vai se divertir com as situações narradas pela autora, que revelam “segredos” de alguns profissionais, do tempo em que eram crianças. Até mesmo a autora e o ilustrador têm suas versões “criança” contempladas no livro. Todo o texto se constrói com rimas, e as imagens ilustram as características dos personagens mencionados.
Discutimos a pergunta: Porque é importante planejar o ensino de alfabetização? Dialogamos que planejar é necessário para organizar o tempo, sistematizar o processo de ensino aprendizagem e direcionar o trabalho. O planejamento, na realidade, é uma ação autoformativa, que propicia a articulação entre o que sabemos, o que fizemos e o que vamos fazer.
Segundo Gómez (1995, p. 10), ao planejarmos, aprendemos a “construir e comparar novas estratégias de ação, novas fórmulas de pesquisa, novas teorias e categorias de compreensão, novos modos de enfrentar e definir problemas”.
Lemos o texto Planejamento no ciclo de alfabetização: objetivos e estratégias para o ensino relativo ao componente curricular Língua Portuguesa; socializamos as experiências na organização semanal e diária da prática de alfabetização, visando contemplar os quatro eixos do componente curricular Língua Portuguesa; refletimos sobre as formas de planejamento que utiliza e como organizar a rotina; relacionamos a prática desenvolvida e a obtenção dos resultados para a apropriação dos direitos de aprendizagem pelas crianças, no 2º ano do Ensino Fundamental;
Analisamos o planejamento realizado no terceiro momento da unidade 1, para identificar quais direitos de aprendizagem propostos nos quadros de História podem ser contemplados por meio do planejamento feito; reformular o planejamento, caso sejam pensadas algumas alterações. Ao situarmos nosso debate nos direitos de aprendizagem e nos princípios didáticos discutidos, consideramos que alguns tipos de recursos didáticos são essenciais no ciclo de alfabetização:
Livros que aproximem as crianças do universo literário, ajudando-as a se constituírem como leitoras, a terem prazer e interesse pelos textos, a desenvolverem estratégias de leitura e a ampliarem seus
universos culturais, tais como os livros literários de contos, poemas, fábulas, dentre outros.
Livros que ampliem o contato com diferentes gêneros e espaços sociais, considerando as diferentes finalidades de leitura, tais como os livros de reflexão sobre o mundo da ciência, as biografias,
os dicionários, os livros de receitas, dentre outros.
Livros que estimulem a brincadeira com as palavras e promovam os conhecimentos sobre o Sistema de Escrita Alfabética.
Revistas e jornais variados que promovam a diversão e o acesso a informações, tais como os jornais, com destaque aos suplementos infantis, as revistas infantis e os gibis.
Os livros didáticos, que agrupam textos e atividades variadas.
Materiais que estimulem a reflexão sobre palavras, com o propósito de ensinar o sistema alfabético e as convenções ortográficas, tais como jogos de alfabetização, abecedários, pares de fichas de palavras e figuras, envelopes com figuras e letras que compõem as palavras representadas pelas figuras e coleções de atividades de reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita.
Os materiais que circulam nas ruas, estabelecimentos comerciais e residências, com objetivos informativos, publicitários, dentre outros, como os panfletos, cartazes educativos e embalagens.
Os materiais cotidianos com os quais nos organizamos no tempo e no espaço, como calendários, folhinhas, relógios, agendas, quadros de horários de todos os tipos, catálogos de endereços e telefones, mapas, itinerários de transportes públicos etc;.
Os registros materiais a respeito da vida da criança e dos membros de seus grupos de convívio: registro de nascimento/batismo ou casamento (dos pais e/ou dos parentes), boletim escolar, cartões de saúde/vacinação, fotografias (isoladas e em álbuns), cartas ou e-mails, contas domésticas, carnês, talões de cheque, cartões de crédito etc;.
Recursos disponíveis na sociedade que inserem as crianças em ambientes virtuais e que promovem o contato com outras linguagens, tais como a televisão, o rádio, o computador, dentre outros.
Muitos desses materiais são disponibilizados pelo Ministério da Educação e pelas secretarias de educação. Outros são selecionados ou produzidos pelos professores.
Sem dúvida, jamais teremos nas escolas todos os tipos de materiais possíveis para promover o ensino no ciclo de alfabetização, mas alguns desses materiais são extremamente importantes.
Assistimos o Programa “Alfabetização e letramento”, da TVE.
Foram distribuídas as tarefas de casa.
• Ler o texto 1 (Materiais didáticos no ciclo de alfabetização), da seção “Compartilhando” e fazer um levantamento dos materiais descritos no texto que estão na escola. Analisar os materiais e listar alguns a serem usados na turma do ano 2;
• Realizar as atividades planejadas, contemplando conhecimentos e habilidades dos componentes curriculares Língua Portuguesa e História;
• Escolher um dos textos sugeridos na seção “Sugestões de leitura” e elaborar uma questão a ser discutida pelo grupo (escolher coletivamente o texto que será discutido). Texto escolhido: Formas de organização do trabalho de alfabetização e letramento. FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva. Formas de Organização do trabalho de Alfabetização e Letramento. In: BRASIL, Ministério da Educação. Alfabetização e letramento na infância. Boletim 09/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: MEC/ SEB, 2005.
 
O
segundo encontro foi realizado no dia vinte de junho das dezessete as vinte e uma horas, com o deleite do texto TER OU NÂO TER NAMORADO, Artur Távora.
Socializamos as aulas realizadas com base no planejamento elaborado na 1ª unidade e reformulado no primeiro momento da unidade 2; onde cada uma de nós contou como foi realizar a atividade.
Socializamos as leituras e questões levantadas, discutidas no grupo, onde o meu texto Formas de organização do trabalho de alfabetização e letramento. abordou a organização da rotina da alfabetização e está estruturado em duas partes. Na primeira, a autora apresenta os dois eixos que auxiliam a rotina do trabalho com a escrita e a leitura: a criação de contextos significativos e o favorecimento do contato com textos, com seu uso efetivo e com a análise de seus aspectos formais de forma significativa para as crianças. Na segunda parte, a autora apresenta algumas formas de organização do trabalho de alfabetização e letramento, dentre elas, atividades específicas sobre os eixos do componente curricular Língua Portuguesa; jogos e desafios; trabalho com temas; trabalho a partir da necessidade de ler ou escrever determinado gênero de texto; organização dos espaços de leitura e escrita na sala de aula e na escola; organização em torno do cotidiano da sala de aula e da escola; organização por projetos de trabalho. O artigo também faz sugestões de atividades para cada forma de organização e orientações ao professor sobre como planejá-las e executá-las.
Lemos o texto 2 (Rotinas de alfabetização na perspectiva do letramento: a organização do processo de ensino e de aprendizagem), analisamos o quadro de rotina com base nas questões: A rotina semanal contempla os quatro eixos do componente curricular Língua Portuguesa e a interdisciplinaridade? Eles estão distribuídos de forma equilibrada e de acordo com as especificidades da turma? A rotina semanal contempla diferentes modos de organizar o trabalho pedagógico? As atividades propostas contemplam ações como reflexão, sistematização e consolidação dos saberes, além de diversas formas de agrupamento dos alunos?
A sala de aula de alfabetização deve ter o duplo objetivo: um primeiro consiste em ajudar a criança por meio da reflexão “sobre as características dos diferentes textos que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades” (SOARES, 2003, p.70) e um segundo, implica ajudá-la a se apropriar do sistema de escrita, para que tenha autonomia para interagir por meio da escrita.
A organização do tempo pedagógico garante que cada eixo de ensino seja contemplado, sendo importante ao professor refletir sobre o que ensina, por que ensina e que tempo (etapa e duração) precisa para ensinar o que ensina. Por meio do planejamento, podemos refletir sobre nossas decisões, considerando as habilidades, possibilidades e conhecimentos prévios dos alunos.
Organizando as rotinas podemos conduzir melhor a aula, prevendo dificuldades dos alunos, organizando o tempo de forma mais sistemática, flexibilizando as estratégias de ensino e avaliando os resultados obtidos. O estabelecimento de rotinas na alfabetização contribui tanto para a prática de ensino como para o processo de aprendizagem da criança.
No planejamento das rotinas é importante estabelecer acordos com base em planejamento e com objetivos partilhados considerando a organização espacial e temporal para as tarefas pedagógicas. Na organização das atividades é imprescindível pensar em:
 
Para isso, o aluno deve ser incluído no processo de planejamento para gerenciar seu tempo e atividades, ter consciência sobre o que irá ser trabalhado, avaliado e o que precisa ser retomado.
Portanto, para organizar as atividades em sala de aula no atendimento à diversidade é importante pensar: podemos organizar as atividades necessárias para cada turma dentro da rotina diária e semanal?
Os alunos se alfabetizam só pela leitura de textos?
É preciso reservar tempo na rotina para ensinar linguagem oral?
Que unidades linguísticas devemos/ podemos explorar em sala de aula?
Como podemos fazer essa sistematização?
Com que regularidade?
Para desenvolver a compreensão da leitura e da produção textual, precisamos refletir sobre os gêneros textuais ou basta promover situações de leitura e de produção de textos?
Além de diversificar as atividades, é preciso também diversificar seus modos de organização por meio de situações didáticas em grande grupo, pequenos grupos, duplas e de forma individual.
Assim, a organização das aprendizagens na rotina deve priorizar a importância das atividades permanentes e dos jogos na alfabetização como atividades diárias que proporcionam reflexões sobre o Sistema de Escrita Alfabética, contemplando diferentes unidades linguísticas. Além disso, o desenvolvimento de sequências e projetos didáticos indica a importância de desenvolver práticas de leitura e escrita, semanalmente, de forma significativa e contextualizada, atreladas aos diferentes eixos do componente curricular Língua Portuguesa na exploração dos gêneros orais e escritos, bem como aos diferentes componentes curriculares.
Discutimos sobre o levantamento feito dos materiais e sobre os cuidados com a conservação, chegando à conclusão que nem sabemos de fato quais os materiais que tem na escola, falta comunicação e acompanhamento a respeito disso.



RELATÓRIO DOS TRABALHOS INDIVIDUAIS

Planejar, em grupo, e socializar uma aula em que sejam exploradas atividades com o objetivo de promover a consolidação da alfabetização utilizando um dos jogos de alfabetização distribuídos pelo MEC.

Selecionei os jogos a serem usados, inicialmente, fazer um levantamento das brincadeiras conhecidas pelas crianças. Percebi que muitas delas brincam com a língua, quando cantam músicas e cantigas de roda; recitam parlendas, poemas, quadrinhas; desafiam os colegas com diferentes adivinhações; participam do jogo da forca, de adedonha (também chamado de “stop ortográfico” ou “animal, fruta, pessoa, lugar”) ou de palavras cruzadas, dentre outras brincadeiras. Ou seja, nos professores podemos nos valer dos jogos que as crianças já conhecem e que, juntamente com outros que podemos introduzir, ajudaram a transformar a língua num objeto de atenção... e reflexão.

Concebendo que a consciência fonológica é um conjunto de habilidades necessárias, mas não suficientes para que o aprendiz se alfabetize, ao iniciar crianças pequenas em situações que lhes permitam conviver com a escrita alfabética como um sistema notacional, julgamos mais adequado incluir a reflexão fonológica num amplo conjunto de atividades de “reflexão sobre o funcionamento das palavras escritas” (MORAIS, 2006). Desse modo, os aprendizes, são ajudados a começar a observar certas propriedades do sistema alfabético (como a ordem, a estabilidade e a repetição de letras nas palavras), ao mesmo tempo em que, divertindo-se, analisam as semelhanças sonoras (de palavras que rimam ou têm sílabas iniciais ou mediais iguais) bem como examinam a quantidade de partes (faladas e escritas) das palavras (MORAIS; LEITE, 2005). Em lugar de uma concepção de treinamento, propomos um ensino que permita aos alunos tratar as palavras como objetos com os quais se pode brincar e, de uma forma menos ritualística, aprender.

O uso dos jogos de alfabetização visa, portanto, garantir a todos os alunos oportunidades para, ludicamente, atuarem como sujeitos da linguagem, numa dimensão mais reflexiva, num contexto que não exclui os usos pragmáticos e de puro deleite da língua escrita, através da leitura e exploração de textos... e de palavras.

Escolhi um jogo de análise fonológica, Bingo dos sons iniciais com os objetivos:

- Compreender que, para aprender escrever, é preciso refletir sobre os sons e não apenas sobre os significados das palavras.

- Compreender que as palavras são formadas por unidades sonoras menores.

- Desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração dos sons iniciais das palavras

(aliteração) ou finais (rimas).

- Comparar as palavras quanto às semelhanças e diferenças sonoras.

- Perceber que palavras diferentes possuem partes sonoras iguais.

- Identificar a sílaba como unidade fonológica.

- Segmentar palavras em sílabas.

- Comparar palavras quanto ao tamanho, por meio da contagem do número de sílabas.